Hoje, entre o basalto negro que se entrelaça com as ervas amarelas, sinais da força bruta da natureza, deixámo-nos envolver pelo som do mar e pelo abraço do céu. A antiga fábrica da baleia, agora habitada por vacas felizes, foi o nosso cenário. Ali, cada canto parecia sussurrar histórias antigas enquanto as ondas, ao fundo, nos lembravam que tudo está em constante movimento.
A nossa querida Andrea Santolaya guiou-nos, partilhando connosco a magia da sua arte, aprendemos uma técnica que nos ensinou a olhar — realmente o olhar. De repente, a máquina fotográfica deixou de ser apenas um objecto, tornou-se extensão do nosso olhar, da nossa curiosidade, da nossa identidade. E foi isso que ela nos mostrou, apesar de caminharmos pelos mesmos trilhos, de apontarmos as lentes para os mesmos locais, cada um de nós capta o mundo de forma única, pessoal, irrepetível.
O tempo voou. Não há relógio que marque as horas quando estamos na oficina da fotografia, porque ali não medimos momentos, eternizamo-los. Somos afortunados por esta oportunidade rara, por cada memória que se tornou eterna no instante em que foi capturada. E, claro, não podia faltar a nossa “paparazzi” — aquela presença constante, meio escondida, que nos acompanha sempre desprevenidos, apanhando-nos no exacto segundo em que nos esquecemos da pose.
Ali, entre rochas, vacas, mar e céu, fomos muito mais do que aprendizes de fotógrafos: fomos contadores de histórias com luz. E essas histórias, serão impressas em imagens, prontas para saltar das palavras que vos temos deixado e fazer- vos senti-las na pele.

Hoje demos o primeiro acorde da nossa apresentação musical, sob a inspiradora direção da maestrina Rita Resende.

A música é mais do que som — é união, é emoção partilhada, é a alma de um povo a vibrar em conjunto. Levamos connosco o melhor dos Açores, com orgulho e paixão, atravessando oceanos Entre Mares e Metrópoles.

Das ilhas de bruma, onde o vento canta segredos antigos, partimos rumo ao sonho americano, com o coração cheio de melodias que nos ligam às raízes e ao futuro.

Cada nota que tocamos é um abraço à distância, uma ponte de sentimentos, uma celebração da nossa identidade. Que o som da nossa terra ecoe além-fronteiras e toque todos os que nos ouvirem.

A EB1/ JI Professor António Augusto da Mota Frazão recebeu, cheia de alegria, a Primavera com todas as suas cores, aromas e encantos.

As crianças, com a colaboração dos encarregados de educação, utilizando materiais reutilizáveis, prepararam cestas de Primavera que alegraram e pintaram de mil e um tons a entrada da escola, prendendo a atenção de todos os que por ali passaram e não ficaram indiferentes à criatividade e à habilidade demonstradas nas dezenas e dezenas de trabalhos expostos.

No dia 11 de abril, a escola saiu à rua! Os meninos e meninas desfilaram até à Largo do Trabalhador empunhando as suas vistosas cestas primaveris, entoando melódicas canções e espalhando alegria a todos aqueles com quem se cruzaram no caminho. Foram muitos os familiares e amigos que se deslocaram propositadamente para assistir à passagem das crianças e com elas fazer a festa. No percurso de regresso, os alunos passaram pelo Lar Manuel D’Almeida Moniz, partilhando sorrisos, acenos e gestos de carinho com os idosos que já aguardavam animadamente a passagem das crianças e da sua vivacidade. As duas turmas do quarto ano e uma turma do Pré-Escolar tiveram um contacto de maior proximidade com os residentes, já que os presentearam com um folar, flores por eles elaboradas e com uma atuação musical que iluminou os rostos e aqueceu os corações de quem ouviu e de quem cantou, um momento que certamente lhes ficará guardado na memória.

Neste dia de partilhas, alegrias e afetos, os alunos degustaram e apreciaram um saboroso folar, oferecido pela Junta de Freguesia do Pico da Pedra, uma atitude generosa que contribuiu para a preservação dos costumes e tradições das nossas gentes.